Em
Jacobina temos varias academias de Jiu- Jitsu mas vou citar uma C.T THIAGO
ANDRADE –localizada na rua dos Humildes no Centro da Cidade em Jacobina é uma
Otima opção para se treinar com o Sensei Thiago Andrade temos Aulas de segunda
a sexta –feira das 19:30 as 21:00 e aos Sabados as 16:00 treinos diários com
Treinamento Fisico, Crossfit Convido a comparecer na academia e tenha um treino
Top.
O
Jiu-Jitsu brasileiro ou, lá
fora, o Brazilian Jiu-Jitsu ou BJJ (grafado também como jujitsu
ou jujutsu) é uma arte marcial de raiz japonesa que se utiliza
essencialmente de golpes de alavancas, torções e pressões para levar um
oponente ao chão e dominá-lo. Literalmente, jū em japonês signfica
“suavidade”, “brandura”, e jutsu, “arte”, “técnica”. Daí seu sinônimo
literal, “arte suave”.
Sua
origem secular, como sucede com quase todas as artes marciais ancestrais, não
pode ser apontada com precisão. Estilos de luta parecidos foram verificados em
diversos povos, da Índia à China, nos séculos III e VIII. O que se sabe é que
seu ambiente de desenvolvimento e refinamento foram as escolas de samurais, a
casta guerreira do Japão feudal.
A
finalidade de sua criação se deu pelo fato de que, no campo de batalha ou
durante qualquer enfrentamento, um samurai poderia acabar sem suas espadas ou
lanças, necessitando, então, de um método de defesa sem armas. Como os golpes
traumáticos não se mostravam suficientes nesse ambiente de luta, já que os
samurais vestiam armaduras, as quedas e torções começaram a ganhar espaço pela
sua eficiência. O Jiu-Jitsu, assim, nascia de sua contraposição ao kenjitsu
e outras artes ditas rígidas, em que os combatentes portavam espadas ou outras
armas.
Conde
Koma e trupe em Cuba, em 1912. Foto: Acervo Fabio Quio
A arte
marcial ganhou novos rumos quando um célebre instrutor da escola japonesa
Kodokan decidiu ganhar o mundo e provar a eficiência de seus estrangulamentos e
chaves de braço contra oponentes de todos os tamanhos e estilos: Mitsuyo Maeda,
um filho de lutador de sumô nascido no povoado de Funazawa, cidade de Hirosaki,
Aomori, no Japão, em 18 de novembro de 1878, e falecido em Belém do Pará a 28
de novembro de 1941.
Eterno
defensor das técnicas de defesa pessoal do Jiu-Jitsu, Maeda embarcou para os
Estados Unidos em 1904, em companhia de outros professores da escola de Jigoro
Kano. À época, graças aos laços políticos e econômicos entre Japão e EUA, as
técnicas japonesas encontravam grandes e notórios admiradores em solo
americano. Em 1903, por exemplo, o presidente Theodore Roosevelt tomara aulas
com o japonês Yoshiaki Yamashita. Nos EUA, o ágil japonês começou a colecionar
milhares de combates e adversários tombados pelo caminho, em países como a
Inglaterra, Bélgica e Espanha, onde sua postura nobre fez nascer o apelido que
o consagrou, Conde Koma. De volta à América, o lutador fez diversas
apresentações e desafios em países como El Salvador, Costa Rica, Honduras,
Panamá, Colômbia, Equador, Peru, Chile e Argentina. Em julho de 1914, o valente
japonês de 1,64m e 68kg, segundo consta, desembarcaria no Brasil para fincar
raízes e mudar a história do esporte.
O
Jiu-Jitsu em jornal brasileiro de 1906.
Maeda
colecionaria histórias saborosas em terras brasileiras. Após rodar pelo país, o
faixa-preta de Jiu-Jitsu se estabeleceu em Belém do Pará. Certo dia, encarou o
desafio de um capoeirista conhecido como “Pé de Bola”, de cerca de 1,90m e
quase cem quilos. Maeda não se fez de rogado e ainda deixou o ousado rival
portar uma faca na luta. O japonês desarmou-o, derrubou e finalizou o
brasileiro. Conde Koma, como se tornou tradição entre os professores de
Jiu-Jitsu, também lançava desafios para rivais famosos do boxe. Foi o que fez
com o afamado boxeador americano Jack Johnson, que jamais aceitou a luta.
Foi Koma,
ainda, que promoveu o primeiro campeonato de Jiu-Jitsu do país – na verdade, um
festival de lutas e desafios para promover o esporte desconhecido.
Os
pesquisadores Luiz Otávio Laydner e Fabio Quio Takao encontraram, na Gazeta de
Notícias, de 11 de março de 1915, as regras do evento marcado para o teatro
Carlos Gomes, no Rio de Janeiro, então capital do país. Koma anunciava as
primeiras regras do nosso Jiu-Jitsu, um regulamento com dez leis simples:
1. Todo
lutador deverá se apresentar decentemente, com as unhas das mãos e dos pés
perfeitamente cortadas;
2. Deverá
usar traje kimono, que o Conde Koma lhe facilitará;
3. Não é
permitido morder, arranhar, pegar com a cabeça ou com o punho;
4. Quando
se fizer uso do pé nunca se fará com a ponta e sim com a curva;
5. Não se
considera vencido o que tenha as espáduas [costas] em terra ainda que tenha
caído primeiro;
6. O que
se considera vencido o demonstrará dando três palmadas sobre o acolchoado ou
sobre o corpo do adversário;
7. O juiz
considerará vencido o que por efeito da luta não se recorde que deve dar três
palmadas;
8. As
lutas se dividirão em rounds ou encontros de cinco minutos por dois de
descanso. Tendo o juiz de campo que contar os minutos em voz alta para maior
compreensão do público;
9. Se os
lutadores caírem fora do tapete, sem que nenhum deles tenha avisado, o Sr. Juiz
deve obrigá-los a colocar-se de novo no centro do acolchoado, em pé, frente a
frente;
10.
Substituirão em suas obrigações ao sr. Juiz os srs. Jurados. Nem a empresa nem
o lutador que vencer é responsável pelo maior mal que possa sobrevir ao
vencido, se por tenacidade não quiser dar o sinal convencionado para terminar a
luta e declarar-se vencido.
* Ficam
convidados os doutores em medicina, os representantes da imprensa local e os
professores de física e esgrima que se encontrarem no recinto a tomar parte no
júri.
Em 1917,
um adolescente de nome Carlos Gracie (1902–1994) viu pela primeira vez, em
Belém, uma apresentação do japonês que era capaz de dominar e finalizar os
gigantes da região. Amigo de seu pai, Gastão Gracie, Maeda concordou em ensinar
ao garoto irrequieto a arte de se defender. Em suas aulas, ensinava a Carlos e
a outros brasileiros – como Luiz França, que mais tarde seria mestre de Oswaldo
Fadda – os conceitos de sua arte: em pé ou no chão, a força do oponente deveria
ser a arma para a vitória; para se aproximar do adversário, o uso de chutes
baixos e cotoveladas deveriam ser os artifícios antes de levá-lo para o chão.
Para evolução nos treinos, lançava mão do randori, o treino à vera com
um companheiro.
Carlos
simula golpe em Helio Gracie. Foto: José Medeiros/O Cruzeiro
Aluno
fiel, Carlos Gracie abraçou de vez o Jiu-Jitsu e, para lamento da mãe que
sonhava ver mais diplomatas na família célebre, passou a incutir nos irmãos o
amor pela arte. Um de oito irmãos (Oswaldo, Gastão Jr., George, Helena, Helio,
Mary e Ilka), Carlos abriu, em 1925, a primeira academia de Jiu-Jitsu da
família Gracie. Nos jornais, o anúncio era uma obra-prima do marketing: “Se
você quer ter um braço quebrado procure a academia Gracie”.
O grande
mestre teria 21 filhos, sendo que 13 deles se tornariam faixas-pretas. Cada
membro da família passou, então, a fortalecer a arte e a acrescentar mais um
elo à corrente criada por grande mestre Carlos,
fundador e guia do clã, além do primeiro membro da família a se lançar numa
luta sem regras, a que chamou de “vale-tudo”. Foi em 1924, no Rio de Janeiro,
quando Carlos Gracie enfrentou o estivador Samuel, conhecido atleta da capoeira.
Helio Gracie tornou-se, rapidamente, o destaque
entre os irmãos, pelas inovações técnicas que promoveu como instrutor e pelo
espírito indomável que não combinava com o porte franzino. Em consonância com
as táticas de Conde Koma, os Gracie continuaram, no Rio de Janeiro, os desafios
a capoeiristas, estivadores e valentões de todas as origens e tamanhos. Se em
pé tais brutamontes botavam medo, no chão viravam presa fácil para os botes e
estrangulamentos que os capturavam como mágica.
Royce com
um de seus fãs, Mike Tyson, a quem havia desafiado nos anos 1990. Foto: Donald
Miralle / Zuffa LLC via Getty Images
As
vitórias da família em lutas sem regras foram se acumulando e virando lendas e
manchetes nas primeiras páginas. Os alunos famosos também – artistas, arquitetos,
ministros de estado, prefeitos, governadores, cirurgiões e doutores de todos os
ofícios.
Além dos
desafios, os campeonatos entre praticantes, com regras exclusivas do Jiu-Jitsu,
se fortaleciam, abastecidos por dezenas de academias diferentes. Nos anos 1960,
quando Carlson Gracie já pegara o bastão de seu tio
Helio como linha de frente do clã no vale-tudo, um passo importante foi dado
para a consolidação do Jiu-Jitsu esportivo. Em 1967, a Federação de Jiu-Jitsu
da Guanabara, no Rio de Janeiro, foi criada, sob autorização da Confederação
Nacional de Desportos do país. Entre as regras ainda primitivas, manobras como
queda, montada de frente com dois joelhos no chão e pegada pelas costas rendiam
um ponto ao competidor. A duração dos combates na categoria adulta era de cinco
minutos, com prorrogação de três. O Jiu-Jitsu ganhava oficialmente tempo e
pontuações.
O
presidente da Federação era Helio Gracie, e o presidente do Conselho Consultivo
era Carlos. Seu primogênito, Carlson, era o diretor do departamento técnico. O
primeiro vice técnico era Oswaldo Fadda e o segundo, Orlando Barradas – ambos professores
de Jiu-Jitsu. João Alberto Barreto, notável aluno dos Gracie, foi nomeado
diretor do departamento de ensino, que tinha como vice-diretor um irmão de
Carlson, Robson Gracie – todos hoje grandes mestres da arte.
Jacaré e
Roger numa das finais mais eletrizantes da história do Jiu-Jitsu esportivo, no
Mundial de 2004. Foto: Gustavo Aragão
Nos anos
1990, a arte teve um novo boom. Em duas frentes: criado por Rorion
Gracie em 1993, o Ultimate
Fighting Championship deu o pontapé inicial (no queixo) no esporte
midiático conhecido hoje como MMA. A partir do ídolo Royce Gracie, e com o suor
derramado por irmãos e primos aparentemente invencíveis como Rickson, Renzo,
Ralph, Royler, Ryan, Carley e companhia, o Jiu-Jitsu como arma de defesa
pessoal estava consagrado.
Em outra
frente, Carlos Gracie Jr. seguiu a obra do pai na organização dos campeonatos e
no fortalecimento da arte como esporte regulado. Estava criada, assim, em 1994,
a Federação
Internacional de Jiu-Jitsu, assim como a Confederação
Brasileira de Jiu-Jitsu, filiada ao Comitê Olímpico Brasileiro, que
hoje promovem torneios para mais de 3 mil atletas de mais de 50 países, como o
Campeonato Mundial, realizado anualmente desde 1996.
Um século
depois de Conde Koma desembarcar no Brasil, nosso Jiu-Jitsu hoje pode ser
praticado do Alasca à Mongólia, de Abu Dhabi ao Japão.
O resto
da história continua a ser escrita por cada faixa-branca que ingressa numa
academia de Jiu-Jitsu.
Quando o praticante atinge 16 anos
ele deve ser graduado da seguinte forma:
Todas as faixas de Jiu-Jitsu
devem ter em uma das pontas uma “tarja”, esta "tarja" é
o local destinado para a colocação dos Graus. Até a Faixa Marrom
temos 5 níveis, a faixa lisa, e mais 4 graus, sendo de responsabilidade de
cada professor, avaliar o aluno e graduado.
A Faixa preta é
dividida em faixa lisa e mais 6 graus;
A Faixa Vermelha e Preta representa o 7º grau da Faixa
Preta;
A Faixa Vermelha e Branca representa o 8º
grau da Faixa Preta;
E como mencionado anteriormente,
até a Faixa Marrom os graus são dados conforme critério do professor, a partir
da Faixa Preta, é obrigatória a utilização do sistema e dos critérios
da CBJJ (IBJJF).
A IBJJF disponibiliza outros
sistemas de graduação (graus) para os praticantes até 16 anos, mas
sinceramente eu achei meio confuso e complicado de explicar, mas que tiver
interesse em saber, pode procurar dentro do site www.cbjj.com.br
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